Você sabia que o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) agora conta com um minhocário para fazer a compostagem de resíduos orgânicos produzidos na sede? No dia 24 de março, a Autarquia de Melhoramentos da Capital (Comcap) entregou ao TCE/SC um kit do Programa Minhoca na Cabeça, com caixas, torneira e adesivos.
Como a adoção do minhocário é recente e o processo de vermicompostagem ou minhocultura é lento, ainda não houve a produção de húmus e biofertilizante. A expectativa é que os primeiros resultados apareçam entre 6 meses e 1 ano.
Quem cuida dos minhocários são os colaboradores Alessandro Gomes e Luiz Carlos da Rosa. Os dois fazem compostagem há anos nas suas residências e já conheciam o processo. Aliás, a implantação de um minhocário no TCE/SC já era uma vontade do jardineiro Luiz da Rosa, que tem a sua própria estrutura em casa.
O processo de compostagem

Numa caixa, fica a terra com as minhocas e outros bichos, como o piolho de cobra, que atuam na decomposição de restos de alimentos. Por cima, vão os resíduos de comida (casca de banana e de ovos, por exemplo). Por fim, são colocadas uma tela vazada e uma camada de palha, e a caixa é tampada.
A palha retém a umidade dos restos de alimentos e do processo de decomposição. Inclusive, por causa disso, não é preciso regar a terra da composteira. Abaixo do recipiente com a terra, fica outra caixa, onde cai o chorume — líquido decorrente da decomposição —, que vai ser coletado depois por uma torneira acoplada a essa caixa.

O húmus, que nada mais é do que o excremento dos animais que atuam na decomposição do material, é um adubo natural e rico em nutrientes. Já o chorume é um biofertilizante. Luiz da Rosa explicou que 1 litro de chorume pode ser diluído em 10 litros de água e depois borrifado nas plantas, e que, além de nutrir, ajuda no controle de algumas pragas.
“A empresa Âmbitus tem feito visitas para verificar o andamento das atividades e o pessoal está operando de forma totalmente adequada e não tem tido questionamentos quanto ao processo”, relata a auditora fiscal de Controle Externo Andressa Zancanaro de Abreu, da Assessoria da Presidência e integrante da comissão responsável pela “Gestão de Resíduos”, um dos oito eixos temáticos do Plano de Logística Sustentável do TCE/SC.
Educação Ambiental

Com a implantação completa do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do TCE/SC, que deve ocorrer até o final deste ano, e a consequente separação correta do lixo em toda a sede, mais materiais compostáveis poderão ser destinados ao minhocário.
Mas, para além do material resultante da compostagem, o objetivo principal desta ação no TCE/SC é a educação ambiental. “É uma forma de sensibilizar os servidores quanto à reciclagem dos resíduos orgânicos, gerando curiosidade sobre o processo e incentivando a compostagem em suas próprias residências”, explica Andressa de Abreu.
Fonte: TCE/SC